quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Mais de 30 mil empresas de Juiz de Fora aderem ao Supersimples Programa prevê redução de até 40% na carga tributária. Solicitação pode ser feita até o dia 30 de janeiro.

Mais de 30 mil empresas de Juiz de Fora aderem ao Supersimples

Programa prevê redução de até 40% na carga tributária.
Solicitação pode ser feita até o 


  Micro e pequenos empresários têm até o final do mês para aderir ao programa Supersimples Nacional, que prevê a redução de até 40% na carga tributária dos negócios. No ano de 2014, o benefício foi ampliado para mais de 140 categorias. Em Juiz de Fora, cerca de 32 mil empresas integram o sistema.

Só em 2015, até o dia 5 de janeiro, foram 271 solicitações para o programa em Juiz de Fora. Corretor de seguros, Valério Gonçalves Rodrigues espera uma economia entre 20% a 30% no valor pago em impostos. “Com esse custo, que anteriormente era arcado pelo corretor, ele poderá fazer algum tipo de investimento dentro do próprio negócio, facilitando o seu dia a dia, melhorando condições para os funcionários. Sem dúvida, isso vai ser um grande negócio para a categoria de corretores de seguros”, afirmou.
Há 11 anos o cenário era diferente. Valério precisou encarar papeladas e mais papeladas para abrir a corretora. “Foram muitos meses de consultas, de um trabalho junto ao contador da empresa para que a coisa funcionasse. Eu creio que as mudanças que começam agora, a partir de janeiro, facilitem bastente para quem está abrindo seu primeiro negócio”, observou.
O Supersimples é destinado a empresários que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.
As empresas interessadas em aderir ao novo programa terão até o dia 30 de janeiro para fazer o pedido. Criado em 2006, o projeto possibilita o pagamento de até oito tributos em apenas uma guia, possibilitando a redução. "A maioria das empresas que terão esse benefício, são empresas que têm um número maior de funcionários. Então, em alguns casos, é importante observar e fazer os cálculos, porque pode haver um aumento na carga tributária", revelou a analista do Sebrae, Kareen de Oliveira Azevedo Barbosa.
Entre os beneficiados pela universalização do Supersimples, e que poderão pedir a adesão ao sistema, estão médicos, advogados, corretores, engenheiros, consultores, jornalistas e arquitetos. O prazo do pedido de adesão, que pode ser feito através do site da Receita Federal, não é válido para empresas recém-criadas, que têm até 30 dias depois da liberação do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para aderir ao programa.

O pacote de alterações no programa também prevê a redução do tempo de abertura das pequenas empresas para cinco dias. Hoje no país, em média, são necessários 107 dias para dar início às atividades do negócio.dia 30 de janeiro.

Prefeito de Juiz de Fora prioriza obras do Hospital Regional em 2015v Saúde é o segundo tema da série especial do G1. Bruno Siqueira diz que iniciou articulações com novo governador.

Prefeito de Juiz de Fora prioriza obras do Hospital Regional em 2015

Saúde é o segundo tema da série especial do G1.
Bruno Siqueira diz que iniciou articulações com novo governador.

Obra Hospital Regional Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)Obra Hospital Regional Juiz de Fora
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Dando continuidade à série que o G1 preparou sobre o governo municipal em Juiz de Fora, o tema desta vez é saúde pública. Em entrevista exclusiva, o prefeito Bruno Siqueira fez um balanço sobre a pasta em 2014 e falou das prioridades para 2015. Siqueira disse que a principal meta é garantir recursos para obras em curso, sobretudo as do Hospital Regional de Urgência e Emergência, na Zona Norte da cidade. Para tanto, afirmou que já iniciou articulações com o novo governo do Estado, assumido por Fernando Pimentel no dia 1º. Apesar disso, o chefe do Executivo não falou sobre uma possível data para o início dos atendimentos. Apenas para efeito comparativo, o shopping que está sendo construído em frente ao hospital começou a ser erguido em meados de 2014 e deve ficar pronto ainda no primeiro semestre de 2015. As obras do hospital começaram em 2009. 
Outra questão que está entre as prioridades da Prefeitura em 2015 é o atendimento de urgência e emergência, sobretudo o do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste), formado por Juiz de Fora e mais 93 municípios. Criado em 2014, com a promessa de otimizar o atendimento entre as cidades do consórcio e, no caso de Juiz de Fora, desafogar o Hospital de Pronto Socorro (HPS), o projeto, por pouco, não estagnou no final do ano passado. Atrasos e falhas no repasse de recursos causaram imbróglio entre prefeituras (incluindo Juiz de Fora), hospitais e governos Estadual e Federal.
Para atender à rede de urgência e emergência do Cisdeste, o hospital deve ser credenciado pelo Governo Federal. Somente após esse credenciamento é que as unidades de saúde podem receber recurso federal e estadual. Contudo, segundo o Cisdeste, o Governo Federal estaria demorando para credenciar os hospitais, o que atrapalha o repasse e, consequentemente, o atendimento, que já havia sido iniciado em vários hospitais. Foi o que aconteceu com o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), que suspendeu o atendimento ao Cisdeste no dia 11 de dezembro do ano passado. Os trabalhos só foram retomados no último dia 5, por força de liminar impetrada pelo Ministério Público.
Ainda integra a lista de prioridades de Bruno Siqueira o efetivo funcionamento do sistema de distribuição de medicamentos na cidade. A implantação do novo mecanismo nas unidades de saúde ainda não sanou as falhas na entrega.
Por outro lado, Bruno Siqueira celebra conquistas importantes, como os novos leitos para o atendimento a usuários de álcool e drogas e as inaugurações do Centro de Atenção Psicossocial 3 (Caps 3), com atendimento 24 horas para pacientes psiquiátricos; da Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) Vila Olavo Costa; e do Centro de Vigilância, referência, principalmente, para o tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
O prefeito de Juiz de Fora respondeu às perguntas do G1 por e-mail. Em princípio, o chefe do Executivo atenderia à reportagem em seu gabinete, mas compromissos de última hora inviabilizaram o encontro pessoal. Abaixo, os principais tópicos da entrevista.
Hospital Regional
G1 - Várias datas foram anunciadas para a inauguração do Hospital Regional, desde a administração passada, de Custódio Mattos. Há uma data prevista hoje? O que causa a demora atualmente?
Prefeito - Quando assumimos, em janeiro de 2013, o Hospital Regional estava com suas obras paralisadas desde o segundo semestre de 2012, por conta do abandono do projeto pela empresa então licitada. Tivemos que garantir novos recursos e realizar uma nova licitação, o que foi feito em agosto de 2013. As obras foram, então, retomadas e seguem dentro do cronograma. No segundo semestre de 2014, por exemplo, chegamos a ter 300 trabalhadores no local. Hoje, as intervenções são internas e já atingem mais de 60% do projeto. No fim de ano, período de festas, o ritmo dos funcionários caiu. Nossa expectativa é de que o processo seja acelerado agora no início do ano. Para tanto, já iniciei as articulações com o novo governo do Estado, para que o fluxo de recursos se mantenha, já que, além da obra física - que será concluída dentro do prazo - precisaremos de verba para equipar o hospital
Rede de Urgência e Emergência do Cisdeste
G1 - Concretamente, de que forma a prefeitura está agindo?
Prefeito - Estamos agindo na cobrança do que nos foi prometido, quando aderimos à Rede, assim como os outros 93 municípios que compõem o Cisdeste. Nosso grande interesse na Rede é que ela traria para o nosso atendimento de urgência outros hospitais, desafogando o HPS. Durante o ano de 2014, o reflexo da entrada do HMTJ, da Santa Casa e do Hospital João Felício no sistema já foi percebido no HPS, sobretudo em relação ao atendimento de traumatologia. Mas o problema é que o credenciamento desses hospitais à rede não acompanhou o processo, como foi prometido, impedindo os repasses e atrasando os investimentos necessários nesses hospitais.
Distribuição de medicamentos
G1 - Já há uma nova empresa responsável pela logística na distribuição de medicamentos. Contudo, ainda há reclamação de usuários.
Prefeito - Antes, tínhamos em Juiz de Fora uma empresa que apenas distribuía os medicamentos nas unidades de saúde. O gerenciamento, ou seja, o controle de estoque para o abastecimento era feito pela própria Secretaria [de Saúde]. Fizemos, então, a licitação para uma empresa que, além da distribuição, ficaria responsável pelo gerenciamento dos medicamentos. A empresa vencedora nos prometeu um serviço de controle através de código de barras. Assim, as compras e a distribuição dos remédios e insumos poderiam ser feitas mais rapidamente. Desde então, a empresa vem implantando esse sistema em todas as unidades de saúde. Estamos atentos aos prazos estabelecidos em contrato e determinei à Secretaria de Saúde que faça uma fiscalização rigorosa no seu cumprimento. Se o serviço não for bem feito, faremos uma nova licitação.
Atendimento a pacientes psiquiátricos.
G1 - Foram inaugurados novos leitos no muncípio, mas ainda faltam vagas. O que adianta ser referência se não há atendimento para todos?
Prefeito - O atendimento e o tratamento de pacientes psiquiátricos são problemas nacionais, que precisam ser enfrentados dentro do processo de desospitalização, como determina a legislação. Em Juiz de Fora, implementamos diversas ações nesses dois anos, que nos tornaram referência, atestada por todas as autoridades da área. Inauguramos o Centro de Atenção Psicossocial 3 (Caps 3), que oferece atendimento 24 horas para os pacientes, incluindo os fins de semana. Reformulamos o Caps AD [álcool e drogas], que agora possibilita uma atenção mais humanizada na área de saúde mental. E mais que dobramos o número de residências terapêuticas no município. Tínhamos dez casas, e, hoje, já estamos com 22. Nos próximos meses, chegaremos a mais de 30 residências, através da chamada pública em andamento, aberta para resolver a questão do déficit de vagas.
Orçamento para a saúde municipal
G1 - Para 2015, a Câmara aprovou o orçamento de R$ 1.800.469.836,63. Para a Saúde teremos R$ 591.316.722,75 (Fundo Municipal de Saúde/Secretaria de Saúde). Quais serão suas três prioridades?
Prefeito - Garantir os recursos para as obras em curso, sobretudo as do novo hospital, assegurar melhores condições para o atendimento de urgência e emergência no município e fazer cumprir o pleno gerenciamento de medicamentos, para que eles não faltem nas unidades de saúde. Estamos empenhando todos os nossos esforços nisso. Já conseguimos muitos avanços, como, por exemplo, zerar o déficit de médicos nas Uaps. Esse prejuízo era de 30 médicos, quando assumimos. Viramos o primeiro ano com déficit de 15 profissionais. Hoje, com concursos públicos e a adesão ao programa 'Mais Médicos', conseguimos superar esse problema.
Uaps Vila Olavo Costa e o novo Centro de Vigilância Epidemiológica
G1 - Duas importantes promessas para 2014. Já estão em pleno funcionamento?
Prefeito - As duas unidades já estão funcionando. A Uaps Vila Olavo Costa faz parte de um amplo projeto de política social que estamos implantando na região. Além da unidade, mais ampla e estruturada, fizemos um campo de futebol society, reforçamos a iluminação do bairro, inauguramos uma nova via de acesso ao Bairro Guaruá e outros da Zona Sul e aceleramos as obras do Complexo Travessia, que será um espaço para um novo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), salas multiuso de capacitação, atividades culturais e esportivas. O investimento é de mais de R$ 4 milhões. Tudo será inaugurado até 2016. No caso do Centro de Vigilância, trata-se da maior obra desse porte fora da capital. É um complexo de mais de 4 mil m², onde os funcionários e a população atendida têm as melhores condições de atendimento em várias áreas. No caso do atendimento de doenças sexualmente transmissíveis (DST/Aids), por exemplo, somos hoje a maior rede do estado de Minas Gerais, o que nos capacitou para, em 2015, treinarmos em Juiz de Fora todos os agentes que trabalham no setor no país.
Jovens
G1 - Não falta ao município uma política de saúde específica para a juventude? Um dado preocupante, por exemplo, é o aumento da contaminação pelo vírus da Aids entre jovens.
Prefeito - O novo Centro de Vigilância e o Complexo de DST/Aids representam um ganho significativo nessa questão, não somente no tratamento, mas também na prevenção, que deve ser feita também através de campanhas de conscientização e mobilização. Hoje, estamos capacitados para sermos o centro desse treinamento no país. Isso prova a importância da cidade na área. E na Secretaria de Desenvolvimento Social, o Departamento de Juventude tem atuado muito na criação e ampliação de alternativas aos jovens.