quarta-feira, 17 de julho de 2019

Arma encontrada na casa de Flordelis foi usada para matar pastor, diz PC




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O Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro, confirmou que a arma encontrada na casa da deputada Flordelis (PSD), após a morte do pastor Anderson do Carmo, foi usada no crime. O marido dela foi morto no dia 16 de junho depois de chegar em casa, em Pendotiba, Niterói, na região metropolitana do Rio, na companhia da deputada. O casal tinha ido jantar.


Naquele dia, a deputada contou que no trajeto para casa percebeu que o carro do casal estava sendo seguido por duas motos. Ainda segundo Flordelis, depois de entrar em casa, o marido voltou à garagem, onde foi atingido por tiros.

Durante depoimento à titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), Bárbara Lomba, responsável pelo inquérito, Flávio, filho biológico da deputada confessou ter dado seis tiros no pastor. Ele e o irmão adotivo Lucas estão presos temporariamente na DHNSG. O período da prisão temporária dos dois termina esta semana e pode ser renovado por mais um mês. 
Hoje (16), quando completa um mês da morte do pastor Anderson, a parlamentar postou uma mensagem no seu perfil no Facebook. “Minhas fotos ao lado dele foram sempre felizes e sorrindo... infelizmente, hoje dói! Dói a dor da perda, a dor da saudade, a dor da falta que ele me faz. UM MÊS SEM MEU NIEL! Te amarei eternamente!”
Apresentação de denúncia
O advogado Ângelo Máximo, que defende a família de Anderson, disse em entrevista à Agência Brasil que os parentes ainda não tiveram acesso às investigações, porque não foi constituída como assistente de acusação, uma vez que isso só ocorre no decorrer da ação penal se for apresentada denúncia pelo Ministério Público com a finalização do inquérito policial.
A família, segundo ele, vem acompanhando o caso pela imprensa e as novas informações como a confirmação pela polícia civil sobre a arma do crime. “Teve o laudo da arma, teve a pulseira que apareceu no o pulso da deputada que disse que tinha sido roubada junto com celulares, parece que tem outro laudo que mostra que os cachorros não foram sedados, se não saiu este laudo está por sair, ou seja, pessoas conhecidas estavam no local e por isso os cachorros não latiram. Tem o laudo da fogueira que está para sair também, de coisas da fogueira no local onde não foi nada queimado”, disse.
Advogado de Flordelis
A assessoria de imprensa da deputada informou que, por causa do sigilo das investigações, Flordelis não está fazendo declarações aos jornalistas e, por isso, não faria comentários sobre o caso e nem a confirmação da arma usada no crime. O advogado Fabiano Migueis, que presta assessoria jurídica a parlamentar disse à Agência Brasil que, atualmente, ela presta informações à polícia na qualidade de testemunha.
Migueis disse que a conclusão sobre a arma usada no crime ter sido encontrada na casa da deputada é uma prova técnica e, a princípio, Flordelis respeita o trabalho da polícia e aguarda a resolução do caso. “Não tem o que contestar. É uma prova técnica. Se houver alguma contestação cabe à defesa do Flávio, porque a indicação é de que essa arma é do Flávio. A deputada não tem o que falar”, disse.

Ainda conforme o advogado, Flordelis continua com a opinião de que os filhos não estão envolvidos no crime. “Ela não acredita e desconhece qualquer motivo que tenha ocasionado uma discordância na família, porque a família vivia em total harmonia. Agora, se depois das investigações o inquérito apontar que o responsável é um ou mais filhos, ela vai respeitar”.
Migueis também criticou o advogado da família do pastor, que para ele, não tem acesso às investigações e para a deputada “quer holofote”. De acordo com Migueis, a deputada considera que o advogado não tem credibilidade e atrapalha a investigação. 
Também por questão de sigilo, a delegada Bárbara Lomba também não respondeu aos questionamentos da reportagem.


Detran suspende exigência de acompanhantes em van




Condutores de veículos de transportes escolar reclamam de alto custo dos serviços de inspeção. Minuta para novas normas passará por consulta pública



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A audiência pública que tratou das discussões acerca da regulamentação do transporte escolar no estado teve debate entre sindicato, parlamentares e motoristas. No encontro promovido nesta terça-feira (16) pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a diretoria do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) pôde ouvir, pela primeira vez, o que pensam os condutores. O órgão já adiantou uma mudança, que agradou os representantes. A portaria que obrigava a presença de acompanhantes no transporte de crianças de até 9 anos deverá ser revogada em minuta que tem prazo para ser apresentada até esta quarta. 
O debate, solicitado pelo deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), durou cerca de duas horas e meia com propostas que devem contribuir com o grupo de estudos do Detran na elaboração da minuta.

Os representantes do órgão afirmaram que o documento será publicado na página oficial do Detran, com espaço para interação de todos os representantes do transporte escolar que desejarem participar. Após a publicação da minuta, o departamento tem 15 dias para publicação no Minas Gerais, podendo ser prorrogado para mais 15. 


Além de exigir monitor nos veículos, a portaria 134, atualmente suspensa, repassou ao Detran a responsabilidade pelo registro dos condutores e autorização de veículos destinados ao transporte escolar em todo o estado. A inspeção semestral, até então a cargo dos municípios, passou a ser feita em instituições técnicas licenciadas (ITLs) ou entidades técnicas paraestatais (ETPs) em Minas Gerais.
Ao todo, 27 foram credenciadas para prestar o serviço às 853 cidades mineiras. Num raio de até 100 quilômetros de distância, o condutor deveria comparecer à ITL mais próxima e, superior a isso, agendar vistoria na cidade de origem. Esta fiscalização se tornou mais difícil no interior do estado, onde o deslocamento é maior e consequentemente, o custo também.
Em Belo Horizonte, condutores afirmam que a BHTrans descumpre acordo que manteve a inspeção, por enquanto, na empresa de trânsito e que são obrigados a arcar com custos altos por serviço de baixa qualidade. A empresa nega e afirma que só remete às ITLs casos de veículos que não foram aprovados em sua vistoria inicial.
O atual diretor do Detran, delegado Kleyverson Rezende, esteve na audiência e ouviu os representantes de sindicatos do transporte escolar de todas as regiões de Minas, que alegaram que a preocupação não é apeans com a segurança, mas também com os custos, principalmente em cidades do interior. No debate, os parlamentares ressaltaram que a diretoria do Detran que criou os impasses no ano passado foi alterada. Com isso, os representantes dos motoristas estão confiantes que algumas exigências possam ser flexibilizadas, com a premissa de que o “transporte escolar não vende deslocamento, vende segurança”.