quinta-feira, 12 de maio de 2016

Obras do novo viaduto que vai ligar avenida a bairro em Juiz de Fora começaram nessa quinta

Trabalhos iniciaram pela Rua Coronel Delfino Nonato Faria, no Santa Teresa.
Obra foi orçada em R$11.200.000,00; a previsão de conclusão é 18 meses.

Viaduto Tupynambás Juiz de Fora  (Foto: Reprodução/TV Integração)A Prefeitura de Juiz de Fora anunciou, nesta quinta-feira (12), em coletiva à imprensa, o início das obras de construção do viaduto Tupynambás, que vai ligar a Avenida Brasil ao Bairro Poço Rico.
Os trabalhos começaram pela Rua Coronel Delfino Nonato Faria, próximo à Praça Doutor Antônio Carlos Pereira, no Bairro Santa Teresa. Serão dois viadutos paralelos, que irão transpor a linha férrea, até a Rua Cláudio Martins Chaves, no Bairro Poço Rico, e dar mais fluidez ao trânsito da região.
Cada viaduto terá cerca de 150 metros de comprimento, contendo duas pistas de 3,5 metros de largura e uma passarela de pedestres com 1,30 metro de largura. Os equipamentos estarão na mesma altura da ponte Luiz Ernesto Bernardino Alves Filho e serão outra alternativa de acesso à região sul.
A obra foi orçada em R$ 11.200.000,00 e a verba é proveniente de um convênio firmado entre a Prefeitura de Juiz de Fora e o Governo de Minas Gerais. A previsão é que o viaduto seja concluído em 18 meses.

Dilma fará pronunciamento na manhã desta quinta-feira

Presidente deixará Planalto pela porta da frente ao lado do ex-presidente Lula
Além da fala no Palácio do Planalto, Dilma divulgará um vídeo nas redes sociaisRoberto Stuckert Filho/Presidência da República
A presidente da República, Dilma Rousseff, marcou para ás 10h desta quinta-feira (12) um pronunciamento no Salão Leste do Palácio do Planalto. A fala de Dilma feita a manifestantes e movimentos sociais, deve ocorrer após a votação do Senado a respeito de seu afastamento.
Além do pronunciamento, que não permite que os jornalistas presentes façam preguntas, o Planalto deve divulgar um vídeo gravado por Dilma nas redes sociais da Presidência.
A presidente Dilma Rousseff deixará o Palácio do Planalto pela porta da frente, acompanhada de ministros e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo depois de receber a notificação do Senado sobre seu afastamento.
Convencida por Lula, a presidente desistiu de descer a rampa do Palácio do Planalto para não dar a ideia de que, de alguma forma, concordava com seu afastamento e chancelava a decisão do Senado de abrir o processo de impeachment. Tradicionalmente, um presidente sobe a rampa ao ser eleito e só desce por ela ao entregar seu mandato a um sucessor.
A presidente chegou a gravar, nesta tarde, um pronunciamento à nação, mas a opção do Planalto foi que ela faça um discurso,pois sua fala pode atingir a base social do PT, o que não aconteceria com a divulgação de um vídeo nas redes sociais.
Na reunião desta manhã, dos 30 ministros presentes, a maioria afirmou que sairia com a presidente do Planalto. Alguns, como o ministro da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, pretendem fazer a caminhada de quase cinco quilômetros entre o Planalto e o Palácio da Alvorada, acompanhando os manifestantes. Dilma, no entanto, deve ir de carro.
A previsão é que Dilma receba a notificação, entregue pelo primeiro secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PT-TO), entre 9h e 10h da quinta-feira. Em seguida, enquanto o senador vai à vice-presidência notificar Michel Temer, Dilma sai do Planalto ao encontro dos manifestantes. 
Antes disso, parlamentares que ainda apoiam o governo pretendem ir para o Planalto esperar a notificação com a presidente, para acompanhá-la na saída.

Sem ganhar nenhuma eleição, PMDB emplaca terceiro presidente em 30 anos

Sem vencer nenhuma eleição para Presidência da República em seus 50 anos de história, o PMDB assumirá o cargo pela terceira vez em pouco mais de 30 anos. Com a confirmada ascensão de Michel Temer, o partido passa a ter "100% de aproveitamento" de seus três vices, que chegaram à Presidência.
O primeiro governo federal do PMDB se iniciou em 1985, com José Sarney. Ele assumiu a Presidência por causa da morte de Tancredo Neves, também peemedebista, que venceu a eleição indireta em janeiro daquele ano, mas adoeceu e morreu antes mesmo de tomar posse.
Sarney, porém, não tinha nenhum histórico no PMDB e se filiou em agosto de 1984, deixando o PDS num acordo com setores mais conservadores para poder concorrer como vice de Tancredo.
O segundo presidente peemedebista também se filiou em cima da hora. Itamar Franco assinou ficha em maio de 1992, quando o governo Collor já enfrentava uma grave crise de popularidade. Itamar foi eleito pelo PRN, junto com Collor, mas deixou o partido após uma reforma ministerial feita em abril daquele ano. Em 2 de outubro, assumiu como presidente interino após abertura de processo de impeachment --que viria a ser aprovado em dezembro.
A reportagem do UOL procurou a assessoria de imprensa do PMDB na terça-feira (10) para que comentasse sobre a nova ascensão de um peemedebista ao poder. Foram feitos contato por telefone e por dois e-mails, mas até a publicação da reportagem não houve resposta.

Derrotas nas urnas

O PMDB nasceu como MDB, em 24 de março de 1966, após o Ato Institucional 2, que instalou o bipartidarismo no país. Em 30 de junho de 1981, o partido se transformou em PMDB e é hoje a legenda mais antiga e com maior número de filiados do país: 2,4 milhões de pessoas.
Desde a redemocratização e a retomada das eleições diretas para presidente, o PMDB tentou por duas vezes chegar ao cargo máximo do país, mas as tentativas acabaram marcadas por fiascos. 
Em 1989, o PMDB lançou Ulysses Guimarães ainda sob a égide de ter lutado pelas Diretas Já e liderado a Constituição de 1988. Porém, ficou apenas na 7ª colocação, com 4,6% dos votos válidos. 
Em 1994, foi a vez de Orestes Quércia ser candidato pelo partido, mas recebeu 4,3% dos votos, também longe de chegar ao segundo turno --disputado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2002, o PMDB concorreu à chapa majoritária de José Serra (PSDB) com a vice-candidatura de Rita Camata --derrotada em segundo turno por Lula. Em 2010, voltou ao poder com a eleição de Michel Temer como vice de Dilma Rousseff (PT).

"Em mil pedaços"

Segundo o cientista político Michel Zaidan Filho, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), uma das explicações para os insucessos do PMDB nas urnas é a falta de um conteúdo ideológico definido.
"Não há nenhuma sinergia entre os setores nacional e regional. Esses chefes políticos não se movem por ideologia. Eles fazem alianças que avalizem os projetos políticos", afirmou.
"E o PMDB também se deu mal por conta da polarização entre Lula e Collor, em 1989; e entre Lula e FHC, em 1994. Não que eles não merecessem, mas não havia espaço para outros nomes."
Zaidan Filho afirma que o partido foi mudando ao longo dos anos e não é hoje nem sombra do que era nos anos 1980. "O PMDB perdeu importância, como o outro partido --o PDS, depois PFL e hoje DEM-- originário da ditadura. Depois da transição para a democracia, ele se tornou elefante branco, sem definição ideológica clara, sem comando. Também deixou de ser de centro-esquerda, tornou-se um partido de oligarquias regionais", disse.
"Apesar da maior capilaridade da história, está repartido em mil pedações. O PMDB não tem dono."
O cientista ainda lembra que Michel Temer será o primeiro peemedebista de carteirinha a assumir a Presidência, já que Sarney e Itamar ingressaram no partido às vésperas de assumir o poder.
"Sarney foi da Arena, da UDN, depois PDS e PFL, ou seja, não tinha ligação com o PMDB. Ele foi fruto de uma aliança do partido com liberais. Já Itamar, apesar de ter integrado o antigo MDB, saiu e não tinha ligação histórica com o PMDB", afirmou.
"Depois que assumiu, ele virou um pedaço do partido, que era o pedaço da oposição. Ele nunca teve unanimidade e, de fato, não tinha a confiança dos grupos."

O SENADO AFASTOU DILMA DA PRESIDÊNCIA. VOCÊ SABE O QUE ACONTECE AGORA?