quinta-feira, 23 de abril de 2015

Delegacia vai apurar suspeita de estupro de criança

Delegacia de Mulheres vai apurar suspeita de estupro de criança em MG

Menina de dez anos narrou violência sexual em um diário, segundo PM.
Suspeito é o padrasto, que foi preso por ameaça em Juiz de Fora.

Suspeito de estupro da enteada em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/ TV Integração)   A Delegacia Especializada de Mulheres será responsável pela continuidade da apuração da suspeita de estupro de uma menina de dez anos em Juiz de Fora.
O caso foi registrado nesta terça-feira (21) pela Polícia Militar (PM), após a mãe ver o relato no diário da filha, e encaminhado à Delegacia de Santa Terezinha.
O suspeito de 37 anos, padrastro da menina, teve a prisão por ameaça confirmada pela Delegacia de Plantão e foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).
A diarista Roberta da Costa, que denunicou o caso, não duvida do relato da filha e suspeita que o abuso ocorra há cinco anos, desde que passou a morar com o companheiro. "Acredito porque ela não foi criada em um ambiente de mentira", afirmou.
A assessoria da Polícia Civil informou que o inquérito foi distribuído na manhã desta quarta-feira (22) . De acordo com a Delegacia Especializada de Mulheres, a delegada Mariana Veiga não deve divulgar informações até receber e analisar o inquérito, para decidir quais as providências serão tomadas para a apuração do caso.

"Ai meu Deus, eu não vou aguentar. Ele me estupra. Eu não vou aguentar por muito tempo. Minha mãe tem que saber. E o que ele faz comigo, amanhã eu não vou aguentar, ele não é um santo", diz o trecho do diário citado no Boletim de Ocorrência (BO).
Suspeitas

A mãe da criança registrou a ocorrência depois de ler um diário em que a filha narrava diversos episódios de violência sexual que teriam sido cometidos pelo padrasto.
“Eu estava arrumando para ir trabalhar e ela pediu para eu não ir. Ela ficou meio ressabiada, pegou o diário e começou a escrever. Esperei ela deitar, peguei o diário e achei certas coisas que ela escreveu”, contou a diarista Roberta da Costa, ao MGTV.
Após ler estas frases, a mãe conversou com a filha e descobriu que o episódio de abuso mais recente foi na sexta-feira (17). Segundo informações repassadas à PM e que constam no BO, o homem teria levado a garota para o quarto, a acariciado e ejaculou nas mãos informando à menina que "aquilo é o que faz nascer neném".
A criança relatou que todas as vezes que estava sozinha em casa, o padrastro a levava para o quarto, a despia e se esfregava no corpo dela, no entanto, sem realizar a penetração. E nos dias seguintes ao abuso, ele ameaçava agredi-la caso ela contasse à mãe ou para a avó.
De acordo com o BO, a criança passou por exame de corpo de delito realizado no Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos), que funciona no Hospital de Pronto Socorro (HPS), após requisição da Polícia Civil. O procedimento foi realizado na tarde de terça (21). O laudo foi anexado ao registro da ocorrência e que o resultado não encontrou evidências de ato sexual. Segundo o BO, o resultado foi "inconclusivo para ato libidinoso ou conjunção carnal, devido a ausência de materiais".
O suspeito, que tem passagem pela polícia por uso de drogas e direção perigosa, foi detido na casa da família, no Bairro Vila Esperança. “Conseguimos localizá-lo em casa, não resistiu. Disse apenas que tem um carinho muito grande pela menina, que gosta de abraçá-la muito. Devido à ameaça constante que ele vem fazendo para que ela não constasse, foi feita a prisão em flagrante e conduzido à delegacia", explicou o cabo Luiz José Bento Filho, da PM.
Segundo informações da PM ao MGTV, como o estupro teria ocorrido no dia 17, a prisão em flagrante só foi possível diante do fato da ameaça de agressão. O caso também se enquadra na Lei Maria da Penha por ter se passado em ambiente familiar e envolvendo uma enteada.

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